Decretando sentença de morte para cães doentes
Leishmaniose: cães fadados à morteApesar da proibição de tratar animais doentes, a polêmica continua com grupos contrários à prática da eutanásia
Atentem-se para essa parte:
A preocupação oficial, no entanto, está em tornar o parasita mais resistente. “Só tem dois tipos de medicamentos que combatem leishmaniose no ser humano. Os veterinários utilizam o mesmo princípio ativo para tratar cães. Como são reservatórios o tempo todo, o cão que sobreviver continuará reservatório. E a leishmânia, qual será? A resistente. Se for transmitida ao ser humano, o tratamento não vai ser muito eficiente”, pondera Flávio Tadeu Salvador, diretor de divisão da Vigilância Sanitária, órgão da Secretaria Municipal de Saúde.
Frente ao exposto, ele defende a eutanásia nestes casos, assim como o infectologista Fernando Monti. “O cachorro tem uma suscetibilidade maior à leishmânia. Tem muita leishmânia na pele, em áreas que são muito sensíveis ao mosquito. Não tem cura parasitológica, nem no homem”, acrescenta o médico. Diverge dele o veterinário Otávio Volpato, para quem sacrificar animais cria uma falsa idéia de que o problema foi resolvido, contexto também muito perigoso.
Muito bem. Vamos inovar e matar também os portadores de hanseníase, de Aids, de sífilis, de Ebola, de peste bubônica. Afinal, são doenças perigosas demais para se permitir que a pessoa viva perigando transmitir seu resíduo de infecção para os outros. E daí que são vidas com sentimentos e histórias singulares? Que se danem, assim como os cães que estão perdendo o direito ao tratamento com os únicos medicamentos que existem no país contra a leishmaniose.
É esse o pensamento que esse governo medíocre dá a impressão de estar transmitindo. Ah, é mesmo! Os humanos são superiores e só eles têm direito incondicional à vida! Não é, governantes? from: http://consciencia.blog.br