Por que ser um protetor de animais....

" Não me importa saber se um animal é capaz de pensar, sei que é capaz de sofrer e por isso o considero o meu próximo." Albert Schweitzer - Prêmio Nobel da Paz em 1952

quinta-feira, 18 de março de 2010

TRAUMA - ARTIGO CIENTÍFICO

(OBSERVAÇÃO: SELECIONEI DO TEXTO ALGUMAS PARTES, SE ALGUEM QUISER O MESMO NA INTEGRA, FAVOR SOLICITAR NO MEU MAIL OU ENTRAR NO ENDEREÇO ABAIXO RELACIONADO)
A atual condição socioeconômica tem favorecido a prevalência dos traumatismos em pequenos animais que, em sua convivência com o homem, ou perambulando em via pública estão sujeitos a agressões físicas como acidente por automóvel, queda, mordida de outro animal e ferimento por arma de fogo entre outras.
O trauma, quando torácico, pode causar lesão na caixa torácica ou nas vísceras aí contidas. Qualquer fator que interfira com a fisiologia da parede ou dos órgãos torácicos, suficiente para interferir com a homeostase, pode desestabilizar a função cardiorespiratória e determinar óbito.
As lesões do tórax podem ser do tipo penetrante ou contundente, as quais, geralmente, determinam as seguintes complicações:
1) redução na capacidade de expansão pulmonar: pneumotórax, hérnia diafragmática ou hemotórax (este associado ou não a choque hipovolêmico);
2) redução na área alveolar funcional: contusão pulmonar, edema pulmonar, ruptura brônquica ou alveolar;
3) lesão na caixa torácica: fratura costal, esternal e ferida penetrante.
As feridas penetrantes (transfixantes, quando passam através da caixa torácica) são causadas por arma de fogo, mordida de outro animal ou por objetos pontiagudos. A conseqüência varia desde um simples enfisema à formação de um hemotórax, ou pneumotórax aberto ou tensional. Nestes casos, a ferida deve ser imediatamente tamponada com bandagem úmida...
...Quando ocorrerem fraturas múltiplas em uma ou mais costelas, ou quando houver ruptura da musculatura intercostal, haverá instabilidade da parede costal gerando movimentos paradoxais desta em relação à respiração...Nessa condição é imperativa a imobilização da parede instável. Como procedimento emergencial o animal poderá ser colocado em decúbito lateral ipsolateral (DE LADO) à lesão para que a parede costal, em contato com uma superfície firme (a mesa) estabilize. Outra opção é a fixação de talas em cada uma das costelas fraturadas, fixadas às mesmas por pontos de sutura. A correção definitiva é feita por redução das fraturas ou reaproximação das costelas em caso de ruptura muscular. ...
Na literatura, são encontrados relatos nos quais mais de 50% das lesões torácicas e pulmonares estão associadas a acidentes automobilísticos.
Existem três momentos de maior incidência de óbito no paciente de trauma torácico:
1) minutos após o trauma – deve-se à hemorragia por ferida cardíaca penetrante, ruptura de aorta ou grandes vasos;
2) na primeira hora do trauma – lesões graves no tórax que não são fatais de imediato mas descompensam com resultante choque hemorrágico e colapso cardiorespiratório;
3) várias horas ou dias após o trauma – deve-se à manipulação inadequada na primeira hora e pode se manifestar como uma seqüela fisiopatológica do trauma.
Um exemplo típico deste último momento é o cão atropelado, ou gato que sofre queda de altura variável sendo, trazido para atendimento minutos após. O clínico menos experiente examinará a vítima e poderá não encontrar qualquer sinal clínico de descompensação, dispensando-o, e recomendando ao proprietário para que o mantenha em repouso. Seis a oito horas mais tarde, no entanto, o cliente poderá retornar com o paciente apresentando séria dificuldade respiratória e/ou hipotensão.
Essa é uma típica complicação que ocorre em 40 a 60% dos casos de traumatismo, especialmente atropelamento ou queda em que se desenvolve contusão pulmonar. Dependendo da intensidade da agressão poderá haver ruptura do parênquima desse órgão com instalação imediata de pneumotórax fechado ou se o ferimento for diminuto, ou se ocorrer congestão e edema, se instalará insuficiência respiratória progressiva que poderá levar a óbito. Portanto, o paciente de trauma deve ficar internado sob vigilância constante, pelo menos por 12 à 24h. ...
from: http://www.anclivepa-rs.com.br/boletim_arquivo/boletim_33_htm/pag6.htm.

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