Por que ser um protetor de animais....

" Não me importa saber se um animal é capaz de pensar, sei que é capaz de sofrer e por isso o considero o meu próximo." Albert Schweitzer - Prêmio Nobel da Paz em 1952

quinta-feira, 15 de abril de 2010

COMO CONTROLAR BICHO-DE-DÉ



Segundo a pesquisadora Edna Clara Tucci, do Instituto Biológico, o bicho-do-pé (Tunga penetrans) é uma pulga que se aloja dentro da pele do hospedeiro (homem ou animal), ocasionando a tungíase, infecção caracterizada por inchaços dolorosos ao redor de onde o inseto penetrou.
A pulga adulta procura um hospedeiro para se alimentar do seu sangue e, ao atingir a pele, mergulha a cabeça e o corpo, deixando para fora apenas a extremidade posterior do abdômen e começa a se alimentar. Com o acúmulo de ovos, seu abdômen se expande, atingindo o tamanho de um grão de ervilha. Quando os ovos ficam maduros, são expelidos.
Uma fêmea pode produzir, entre sete e dez dias, de 150 a 200 ovos, os quais, em solo úmido, darão origem às larvas e pupas. As larvas se desenvolvem no solo,em locais protegidos de luz.
Segundo Edna Clara, os principais hospedeiros são porco, homem, cão, gato e roedores. O homem adquire o parasita ao caminhar descalço em áreas contaminadas. A pulga penetra principalmente na sola do pé, no calcanhar, no canto dos dedos dos pés e das mãos,mas também pode-se pegar o bicho-do-pé em qualquer local do corpo.
Para combater o parasita, a pesquisadora afirma que é preciso identificar no ambiente os locais propícios para o seu desenvolvimento.
A retirada de folhas secas (limpeza) e a manutenção do jardim e o corte da grama são fundamentais para o sucesso do controle. As pulgas se desenvolvem em locais sombreados: áreas ensolaradas dificultam o seu desenvolvimento.
No caso dos cães, deve-se lavar o lugar onde eles dormem, deixando os panos de molho por um dia em água e sabão e, posteriormente, expostos ao sol para eliminação das larvas. Para prevenir novas infestações, os animais devem estar protegidos com inseticidas de longa ação residual, pois as pulgas podem sobreviver por longos períodos no ambiente.
“O tratamento no ser humano consiste na retirada do parasita e na limpeza do local, tratamento este feito em condições assépticas e por um médico”, informa.
Texto: Edna Clara Tucci - Pesquisadora do Instituto Biológico de São Paulo
Fonte: Instituto Biológico

Parasita é uma espécie de ser vivo que depende de outra, ao menos por um curto espaço de tempo, para se alimentar, se reproduzir ou se dispersar.
"O bicho-de-pé, por exemplo, parasita principalmente porcos, embora também tenha como hospedeiros outros animais, como o cachorro e o gato, além do próprio homem", explica a parasitologista Reinalda Marisa Lanfredi, do Laboratório de Helmintos, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Com um detalhe: embora os machos também suguem sangue, só a fêmea, fecundada, entra no hospedeiro! A bolha que vemos é o abdome dela repleto de ovos. Ao seu redor, a pele fica vermelha por causa da reação inflamatória pela presença da pulga. Parece nojento? Pois é isso mesmo: o bicho-de-pé penetra na pele e deixa parte de seu abdome do lado de fora, assim como uma estrutura de respiração e uma abertura que serve para reprodução. Parece até que a pele é uma cratera, com a pulga mergulhada de cabeça nela!
Para penetrar no pé, na mão ou em outra parte do corpo humano -- pois é, bicho-de-pé não dá só no pé! --, essa pulga libera uma substância que facilita sua entrada na pele. A pessoa pode sentir uma dor, semelhante à picada de um inseto, uma coceirinha ou mesmo nada. Na pele, a pulga passa a sugar sangue. Mas não só come! "A fêmea do bicho-de-pé também põe ovos", conta Reinalda. "Como eles são muitos, podendo chegar a mais de 2.500, seu abdome aumenta de tamanho." A pulga começa a eliminá-los diariamente e, depois disso, morre. Os ovos caem no solo e deles nascem larvas, que, após um período no solo, tecem casulos, formando o que se chama de pupa, onde se tornam pulgas adultas prontas para o acasalamento. Ao serem fecundadas, as fêmeas buscam um hospedeiro e o ciclo recomeça!
Como dá para notar, quem não se livra do bicho-de-pé vira uma maternidade ambulante de pulgas. Além disso, corre o risco de ter uma infecção, pois o buraco feito pelo inseto serve de entrada para bactérias e fungos. "No interior, é comum se retirar o bicho-de-pé com canivetes, por exemplo", explica Reinalda Lanfredi. Mas o ideal é procurar um médico. E gostar da coceira não é desculpa para ficar com bicho-de-pé!
Aliás, por falar nela, uma curiosidade: a coceira é causada pela substância usada pelo inseto para furar a pele. Porém, nem todo mundo a sente, sobretudo quando é a primeira vez que pega bicho-de-pé. Como nunca teve contato com a substância antes, nosso corpo não reage à sua entrada. Nos contatos seguintes, porém, nosso exército de defesa -- os anticorpos -- a reconhecem e reagem! Aí, haja dedos para coçar...

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